Um grupo de populares da província da Lunda-Norte manifestou-se no sábado contra a subida do preço dos bilhetes da TAAG - Linhas Aéreas de Angola, na rota Dundo-Luanda e vice-versa, no princípio do ano, de 32 mil kwanzas para 84 mil kwanzas.
Os manifestantes, que gritavam “Baixa, baixa os preços”, disseram ao Jornal de Angola que a actual tarifa impossibilita os cidadãos de viajarem pela companhia aérea de bandeira para a capital do país, e sublinharam que a Estrada Nacional 230, que liga Luanda e o leste, está em mau estado.
A manifestação, realizada de forma pacífica, decorreu entre a rotunda da Brigada e a entrada do Aeroporto do Camaquenzo, onde funciona a direcção da TAAG. No final, os populares entregaram aos responsáveis da compnahia uma carta.
Durante a marcha, os manifestantes exibiram cartazes com os dizeres “Queremos redução dos preços dos bilhetes da TAAG”, “Queremos o fim das assimetrias regionais”, “Queremos a reabilitação da Estrada Nacional 230”, “A Lunda-Norte também é Angola”, “A Lunda-Norte nunca foi prioridade do Governo central”, “Queremos caminhos-de-ferro, como foi prometido pelo Presidente da República”.
Na carta, os manifestantes pedem a revisão dos actuais preços praticados, ou seja, uma redução de 40 por cento, de modo a facilitar a deslocação da pessoas. “Carecemos de tudo, desde a assistência médica e outros serviços, o que nos obriga a recorrermos a Luanda”, sublinharam os manifestantes.
Ao referirem que as pessoas estão desprovidas de dinheiro, acentuaram que têm sofrido imenso, e vão continuar a sofrer caso os preços não baixem. “Pedimos que seja revista a tarifa, tendo em atenção os baixos salários da função pública, inferiores aos preços dos bilhete, lê-se na carta.
O Conselho de Administração da TAAG introduziu um novo modelo tarifário, assente no mecanismo de gestão de tarifas variáveis, na emissão de bilhetes rede doméstica. O novo modelo de gestão de tarifário permite aos clientes que adquirem o passagem, com antecedência de 15 e sete dias, beneficiar de uma redução que pode variar entre dez e 20 por cento.
O porta-voz da TAAG, Carlos Vicente, disse que a conselho de administração já está em posse de uma carta. Sem avançar a possibilidade de redução dos preços, prometeu que, em breve, a companhia se vai pronunciar-se sobre o assunto.